A busca por agilidade, eficiência e inovação levou grandes empresas a um caminho sem volta: o da digitalização. Por meio dela, é possível otimizar processos que consomem tempo e recursos humanos. E as companhias já perceberam que mais produtivo do que desenvolver soluções dentro de casa é buscá-las em startups, que nascem exatamente para encontrar uma forma de resolver os problemas do dia a dia com ajuda da tecnologia.
Veja o caso da Kenoby, uma startup fundada em 2015 para ajudar as companhias a recrutarem com mais assertividade, além de auxiliar profissionais a acharem a vaga certa. Um problema que Marcel Lotufo, de 38 anos, CEO e cofundador da empresa, viveu por anos. Ele passou por diferentes companhias e cargos até, enfim, se encontrar. Cursou administração, trabalhou em uma corretora de seguros, no mercado de commodities, morou em diferentes países, tornou-se headhunter e chegou a empreender no mercado de bebidas até criar a startup.
Hoje, a plataforma da Kenoby auxilia as empresas na gestão de processos de recrutamento e seleção e na qualificação do candidato. “Antes era preciso entrar em vários portais e divulgar as vagas, fazer a triagem de cada uma, e a comunicação era toda por e-mail. Com o software, a divulgação, o banco de talentos, a triagem e a comunicação com o candidato ficam centralizados”, explica. Além disso, a empresa pode registrar todos os pareceres de entrevistas, notas e qualificações do candidato e criar testes cognitivos, motivacionais e sociais. A ideia, segundo ele, é oferecer uma série de funcionalidades para fazer a gestão do processo seletivo.
E tem dado certo: Lotufo viu o faturamento do negócio crescer cinco vezes este ano. Até o fim de 2018, o número de funcionários deve subir de 20 para 70. Isso é possível porque o empreendedor acredita que estamos entrando em uma nova era de recrutamento, em que as pessoas escolherão seus trabalhos por motivos que vão muito além do retorno financeiro e em que as áreas de RH terão uma gestão tão eficiente quanto a sua real importância.
O Desafio de Empreender
Tirar a ideia do papel, no entanto, não foi fácil. O primeiro obstáculo foi criar um produto robusto o suficiente para ser vendido para grandes empresas. E havia um porém: dois anos atrás, a venda do produto de uma startup para grandes empresas não era tão comum – as companhias preferiam investir em algo já consolidado. Em 2016, a Kenoby era uma startup recém-criada, sem clientes no portfólio, buscando vender para grandes companhias do mercado bem no auge da crise econômica no país. “Estávamos em meio a um período de instabilidade buscando por empresas que estavam contratando. Mas sempre há setores que vão bem mesmo nos momentos mais difíceis. Tivemos que ir atrás deles”, conta Lotufo. Hoje, ele tem grandes clientes como a Netshoes e a Leroy Merlin.
Agora, o foco é continuar crescendo. “Estamos dando passos em direção à resolução desse problema que existe hoje no mercado. Além disso, nossa ideia é ser, cada área da Kenoby, uma referência para o mundo de startups – do setor de marketing e vendas até o atendimento e produto”, diz o CEO.
A Digitalização das Empresas
Para o amadurecimento da startup, a Kenoby contou com o apoio do Cubo, espaço de empreendedorismo mantido pelo Itaú Unibanco e pelo fundo Redpoint eVentures. “Conhecemos muitas empresas, fizemos uma grande rede de contatos, trocamos boas práticas, fora o fato de ser uma espécie de selo de reconhecimento importante para nós.” Hoje, por exemplo, a Kenoby usa um software de performance de uma outra startup que divide andar com eles no prédio.
Além de ligar startups, o Cubo também é a ponte entre elas e os potenciais clientes – as grandes empresas. “Antigamente, as maiores companhias pensavam em inovar dentro de casa. Usavam a tecnologia e o time de inovação para criar, mas isso poderia levar anos. As startups têm agilidade, em meses as soluções já estão implementadas, e as empresas podem usar seu time para trazer mais eficiência”, afirma Renata Zanuto, head de startups do Cubo. Segundo ela, as empresas já perceberam que a digitalização traz, principalmente, uma transformação de mindset. “É preciso ser digital para estar em linha com o que está acontecendo no mundo.”
Tornar-se digital, no entanto, é um processo. Segundo Renata, o primeiro passo é contratar um profissional que entenda os dois mundos: as necessidades da empresa e as soluções tecnológicas que existem no mercado para lhes atender. “Uma empresa está em processo de digitalização quando contrata essas novas soluções digitais e quando a cabeça das pessoas que trabalham ali já tem esse olhar mais ágil”, diz.
Engana-se quem pensa que só algumas áreas podem passar por essa transformação. A especialista explica que todos os setores de uma empresa podem ser digitalizados. “Quando mostramos para profissionais de diferentes setores – marketing, RH, vendas – as soluções tecnológicas que existem no mercado, eles se dão conta de que precisam disso para ontem e, depois, já não se lembram como faziam certos processos antes da digitalização.”
Fonte: Exame
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