Antecipar problemas, ter eficiência nos investimentos e evitar gastos desnecessários são desejos de qualquer empresa, certo? E, na era dos dados, é também um sonho possível: algoritmos com base nas informações de uma empresa e no comportamento do mercado em que ela atua podem tornar as decisões de negócio uma ciência verdadeiramente exata.

A J!Quant é uma das empresas que vêm mostrando a viabilidade de “prever o futuro”. A startup brasileira fornece modelos preditivos para que empresas possam simular cenários e tomar as melhores decisões em diversos casos. Como reduzir desperdícios? Para onde expandir a operação? Essas são algumas das perguntas que a companhia responde, em um novo modelo de parceria de tecnologia que vem crescendo junto às grandes empresas brasileiras.

“A gente não entrega soluções ‘empacotadas’, e sim resolvemos problemas para as empresas. Em vez de vender tecnologia, usamos cérebros, criamos soluções e aí a implementamos por meio da tecnologia, com algoritmos desenvolvidos e introduzidos dentro do negócio”, explica Dionisio Agourakis, fundador e CEO da empresa.

Um dos clientes da startup é a Ambev, que conseguiu, criando um algoritmo para otimizar as rotas de seus caminhões, reduzir o roubo de cargas em 20%. Em outro caso, um cliente não divulgado conseguiu, segundo a J!Quant, definir o melhor local possível para a abertura de novas lojas.

“O raciocínio é: ‘entre essas 50 cidades possíveis, qual eu devo escolher para ter a maior receita possível no próximo ano?’ O nosso algoritmo responde não só isso, mas, com base nos dados de consumo locais, quais produtos ou serviços vão ser mais vendidos nesse novo polo. Porque isso vai definir o tipo de loja que eles vão abrir, e até o formato da construção”, conta Dionísio.

A solução funciona à base de modelos preditivos, que usam machine learning para tornar, com o tempo e mais dados alimentando-os, os resultados sempre precisos – a empresa garante margem de erro inferior a 2%. Algo bem diferente do que fornecedores de tecnologia costumam oferecer desde que a TI se popularizou nos anos 1990.

“Anos atrás, essa solução seria um software que ajuda a organizar sua expansão. Você cadastra os potenciais lugares, informações que se encontra deles, e ele iria dando caminhos. Mas há sempre o perigo dos dados mal inseridos, e o fato de que a empresa acaba trabalhando para o software, e não o contrário”, lembra o CEO.

Empresas mais abertas à ciência de dados

Modelos de atuação como o da J!Quant, no entanto, só funcionam com total acesso às informações necessárias – o que pode entrar em choque com a paranoia por confidencialidade presente em muitas grandes companhias.

Mas, segundo o fundador da empresa, hoje os executivos estão mais dispostos a abrir seus dados mais estratégicos, quando veem o benefício possível. “Eu não esperava isso, mas é mais fácil os executivos confiarem nas decisões dos algoritmos do que as próprias pessoas ligadas à tecnologia. O CEO pode não entender a conta que eu fiz, mas ele é uma pessoa que é pratica e quer resultados rápidos. E quando mostramos a validação dos dados com base em cenários reais, ele não se sente mais confiando num robô”, diz Dionísio.

Há, de acordo com ele, um “boom” de procura por soluções de inteligência artificial no Brasil, sobretudo desde 2017. É um resultado do sucesso internacional de empresas que expandiram seus negócios com base em dados precisos que permitem, ao mesmo tempo, estratégias agressivas e resultados previsíveis.

“A Amazon entregar o produto no mesmo dia, em vez de duas semanas, não é só quantitativo, é uma disrupção qualitativa. Por isso a empresa se descolou rapidamente em relação aos seus competidores. E acredito que isso vai acontecer nos próximos anos no Brasil. Algumas empresas vão se destacar completamente em seus setores usando a ciência de dados”, opina Dionísio.

A abordagem de “fornecer cérebros” em vez de tecnologia pura vem levando a J!Quant a crescer rapidamente. Mesmo contando com apenas cinco pessoas – todos cientistas de dados – e cinco clientes, o faturamento dobra a cada seis meses, de acordo com o fundador. Isso porque a expansão do serviço acontece dentro das próprias empresas que contratam seus serviços.

“Uma área da empresa faz um projeto, ele gera benefícios grandes, e isso desperta o interesse de outras áreas, que atuam interligadas muitas vezes. Ninguém nunca tinha comparado dados de marketing com os de produção e usado isso para gerar mais lucro. Agora, está acontecendo.”

Fonte: Época Negócios

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