A Microsoft anuncia nesta quinta-feira (12/03) os primeiros aportes realizados pelo fundo We, lançado pela companhia em novembro do ano passado. O We (de Women Entrepreneurship, ou Empreendedorismo de Mulheres) visa investir em empresas fundadas por mulheres e estimular o empreendedorismo feminino.

Este é o segundo fundo de investimentos em startups lançado pela companhia. O primeiro, chamado BR Startups, investiu em 15 companhias e concluiu, em cinco anos, seu período de investimento. A partir de agora, o foco do primeiro fundo é encontrar oportunidades de desinvestimento nas empresas.

“Infelizmente, no mundo, somente 2,3% das startups que têm mulheres como sócias recebem investimento de risco. É uma defasagem muito grande e o tema tem gerado muito debate”, diz Franklin Luzes, vice-presidente da Microsoft Participações. “No nosso primeiro fundo, focamos em empresas do chamado ‘vale da morte’ [empreendimentos que já receberam investimento anjo ou capital semente, mas ainda não estão prontos para uma série A]. Agora, quisemos focar formalmente no empreendedorismo feminino”.

Para uma empresa poder receber investimentos pelo We, é necessário ter pelo menos uma mulher como sócia, com pelo menos 20% de participação acionária, ocupando posição de liderança. O fundo recebeu a inscrição de 924 startups. O objetivo é captar R$ 100 milhões em cinco anos — até agora, o fundo conseguiu alcançar metade desse valor.

Marcella Ceva passou a integrar a equipe da Microsoft Participações como executiva-chefe de investimentos do We Ventures. Advogada de formação, Marcela tem experiência no mercado de fusões e aquisições. “Venho para colocar uma mulher na mesa de investimentos. Em 90% dos casos, quando uma empreendedora vai fazer seu pitch para investidores, só se depara com homens”, diz.

A primeira empresa a ser contemplada é a Pack ID. A startup usa inteligência de dados para monitorar temperatura e umidade em tempo real de todas as etapas da cadeia de distribuição de produtos perecíveis. A CEO da empresa é Caroline Dallacorte. Com a solução, diz Franklin, é possível reduzir perdas.

Os investimentos do We Ventures são de, no mínimo, R$ 1 milhão. O foco, assim como o fundo BR Startups, segue sendo as empresas no chamado “vale da morte”, com investimentos em empresas que já tenham um produto no mercado gerando receita, com um ou mais clientes. A exemplo do BR Startups, a Microsoft terá parceiros estratégicos para diferentes verticais. O primeiro a ser confirmado é a Flextronics, para orientar investimentos na área de internet das coisas. Mais dois parceiros, nas áreas de energia e saúde, devem ser anunciados em breve.

We Impact

Além do fundo de investimentos, o We tem como objetivo fomentar a educação para o empreendedorismo. “Queremos incentivar empreendedoras a criar seus negócios. No Brasil, não temos disseminado empreendedorismo, nas universidades não há disciplina formal sobre isso, quem se forma não necessariamente sabe empreender”, diz Franklin.

Por isso, parte dos recursos do fundo We serão destinados ao We Impact, que oferece, em parceria com o Sebrae, cursos gratuitos nas áreas de gestão e tecnologia.

O We Impact também fica responsável pelos aportes menores, de até R$ 1 milhão, em startups. O programa oferece mentoria aos empreendedores contemplados com aportes.

Nesta quinta-feira (12/03), o We Impact anunciou investimentos em quatro startups. A expectativa é fazer aportes em pelo menos outras sete empresas.

AI Robots

A startup atua com uma plataforma de inteligência artificial para robôs e equipamentos industriais, com aprendizado de máquina para manutenção preditiva. Luma Boaventura é a CEO.

Afinando o Cérebro

Fundada pela fonoaudióloga Ingrid Gielow, essa healthtech desenvolve jogos terapêuticos para o desenvolvimento auditivo.

Dinie

A fintech criou uma conta digital que fornece uma linha de crédito rotativo e reutilizável para pequenos negócios. A empresa tem duas mulheres entre as sócias fundadoras: Suzy Ferreira, CEO, e Andrea Burattini, COO.

Exemplaria

A startup tem como foco a aplicação de tecnologia no setor de recursos humanos. Criou um algoritmo capaz de monitorar o engajamento das pessoas e das equipes, prevendo a eventual saída de colaboradores ou diminuição da produtividade. Carla Sampaio é a CEO.

Fonte: Época Negócios

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