aceleradora de startups Thomson Reuters

Entre hoje e amanhã, dez startups brasileiras em setores como educação, governo, finanças e saúde apresentarão suas ideias de negócio a capitalistas de risco do Vale do Silício, a “meca das startups”. No Brazil at Sillicon Valley, evento criado por alunos e ex-alunos da Universidade de Stanford para unir expoentes em tecnologia e inovação, quem irá liderar a banca de avaliação dos negócios inovadores nacionais é o Valor Capital Group.

O fundo, criado em 2010, investe em negócios inovadores nacionais com potencial de sucesso nos Estados Unidos e vice-versa. O último fruto de sua estratégia foi a entrega de participação com a multiplicação do capital, movimento conhecido como “saída”, na oferta pública inicial de ações da startup de pagamentos Stone, em outubro do ano passado.

O Valor Capital Group acumula outras três saídas: a plataforma carioca para e-commerce Sieve, vendida para a varejista brasileira B2W em julho de 2016; a plataforma paulistana de gerenciamento de mídias sociais Scup, vendida para a americana Sprinklr, de gerenciamento de consumidores, em outubro de 2016; e a solução americana de machine learning Fortscale, vendida para a empresa americana de segurança de dados RSA em julho de 2018.

Com escritórios em Nova York, Vale do Silício e São Paulo, o Valor Capital Group atua com venture capital e private equity. Na estratégia de VC, acumulou de 150 a 200 milhões de dólares em recursos para investir e já aportou em 37 startups. São investimentos de série A, com cheque de um a cinco milhões de dólares.

Cerca de 65% do portfólio está em negócios inovadores brasileiros. Os mais conhecidos, além da Stone, são o “Uber para caminhoneiros” CargoX; o marketplace de academias Gympass; e o software de gestão de equipes Pipefy.

Os outros 35% do portfólio estão em empresas americanas e europeias que visam chegar ao país ou se expandir nele, como a plataforma americana de compra e venda de criptomoedas Coinbase e o marketplace londrino de ingressos Viagogo.

“Estamos em um momento de inflexão no país, com investidores dos Estados Unidos e da China olhando para empresas brasileiras. É um país com alta penetração das redes e potencial de marketing viralizado, gerando grande capacidade de crescimento para negócios por aqui”, explica o sócio Michael Nicklas. Ele divide o fundo com os sócios Antoine Colaço e Scott Sobel. Oito das dez maiores rodadas de venture capital da América Latina foram a negócios brasileiros, segundo a empresa de análise de dados CB Insights.

O Valor Capital Group quer investir em mais 10 a 15 startups até o final de 2020, em áreas como B2B, educação, fintech, logística e saúde. Algumas delas podem estar no Brazil at Sillicon Valley. Apresentarão-se as startups brasileiras Beetools (educação), Blox (educação), Colab (governo), iClinic (saúde), idwall (segurança), Mendelics (saúde), Nosso Mandato (governo), Pipefy (software de gestão), SmartMEI (software de gestão) e XP Health (saúde).

“O critério para escolher startups não é tão diferente entre os países. Olhamos para o histórico do empreendedor; a qualidade e oportunidade do mercado; o problema que a empresa está solucionando; e seu modelo de negócio, dos diferenciais de tecnologia até o custo e estratégia de aquisição de usuários. No nosso caso, importa ainda o problema possui características globais”, afirma Nicklas.

O Brazil at Sillicon Valley conta com o apoio de executivos como Jorge Paulo Lemann, sócio-fundador da 3G Capital; o vice-presidente do Facebook, Hugo Barra; e Carlos Brito, CEO da AB InBev. Algumas empresas que patrocinam o evento são Alta, Ânima Educação, Bank of America, BTG Pactual, Fundação Lemann, Instituto D’Or, Magazine Luiza, Pinheiro Neto e Votorantim. O Valor Capital e sua investida, a Stone, também estão entre os patrocinadores.

Nicklas acredita que o evento trará mais do que financiamento aos empreendedores brasileiros: a conexão com o ecossistema do Vale do Silício é o mais valioso. “É a oportunidade não só para investirmos em ideias promissoras, mas para buscar talentos. Isso é o que mais importa para quem investe.”

Fonte: Exame

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