Uma das cinco maiores operadora de logística do país, com receita líquida de R$ 1,08 bilhão em 2017, a Tegma criou no ano passado uma unidade para acelerar startups: a TegUp. Os primeiros resultados começam a aparecer.
A TegUp atraiu 64 startups no ano passado para um processo seletivo, que resultou em 12 companhias participando de um dia de apresentações e mentoria com executivos da Tegma e de empresas parceiras. Por fim, quatro foram escolhidas para parcerias em diferentes níveis. Uma delas está em avaliação para receber um aporte em dinheiro.
“Queremos provocar uma transformação na área logística do Brasil com um projeto ambicioso”, afirmou Pedro Neves, diretor de Inovação, Tecnologia e Processos da Tegma e líder da TegUp, em entrevista a Época NEGÓCIOS Online.
Inovar para personalizar
Atuando com transporte, armazenagem e gestão de mercadorias, a Tegma tem uma proposta de customização de serviços, e identificou na inovação digital uma forma de potencializar esse atributo. “A tecnologia não é apenas um suporte, mas parte do produto que oferecemos ao cliente”, explica Gennaro Oddone, CEO da Tegma.
Quando decidiu inovar, a empresa preferiu buscar startups no mercado a criar um departamento interno de inovação. “Somos a primeira aceleradora no Brasil em nossa área. Mais do que retorno imediato, queremos ter um olhar para futuros clientes e criar um ambiente de discussão de tendências para a operação logística”, diz o CEO. Para complementar o processo, a TegUp ganhou uma área de coworking, à disposição de startups parceiras.
Ciclos de inovação
Para escolher as startups, a Tegma pediu ajuda a parceiros com diferentes demandas. A Maplink, empresa de tecnologia de monitoramento do trânsito, foi uma delas. A consultoria Upaya ajudou as startups a amadurecer sua visão de negócio. “Grande parte das inscritas se enquadrava no perfil que queríamos: empresas que conseguiam se sustentar minimamente mas precisavam de escala”, afirma Pedro Neves.
A startup vencedora do primeiro ciclo foi a Frete Rápido, empresa que automatiza o processo de cotação, escolha e contratação de frete, por empresas de e-commerce. Algo que a própria Tegma poderia fazer, mas não é o foco da empresa. “Resolvemos investir via TegUp, sem o ônus de um backoffice pra isso”, resume o diretor.
Após o processo de due dilligence, a Frete Rápido deverá receber da Tegma um investimento equivalente a cerca de 20% do valor avaliado da startup, além de estrutura da operadora para gerar inovação.
Quatro empresas foram recompensadas de alguma forma – seja com recomendações a clientes da Tegma, seja ao receber de graça uma avaliação de viabilidade da startup.
As inscrições para o segundo programa de avaliação já foram encerradas. Nesta edição, a Tegma está avaliando a possibilidade de levar as startups inscritas ao Vale do Silício.
“Faremos um circuito mostrando as áreas em que queremos evoluir: carro autônomo, SaaS (software como serviço), e como empresas do mercado B2B cresceram nesses mercados”, diz Pedro Neves. As startups vencedoras do segundo programa serão anunciadas em dezembro.
Fonte: Globo.com
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