Yellow startup

Antecipando uma concorrência acirrada com a Uber e outras startups estrangeiras, as startups Yellow, para alugar bicicletas via aplicativo, e a Grin, de patinetes elétricas, anunciaram que vão unir seus negócios.

As duas empresas  começaram a atuar na metade do ano passado e ven registrando crescimento acelerado.

A primeira, criada por ex-fundadores do aplicativo 99 e por Eduardo Musa, ex-presidente da Caloi começou suas operações por São Paulo.

Já a Grin foi fundada no México. Seu serviço passou a funcionar na capital paulista após negociação com a brasileira Ride no final de 2018.

Cada uma delas levantou cerca de US$ 70 milhões (R$ 260 milhões) em investimentos. Com a fusão, a nova empresa, que chamará Grow e será dona das duas marcas, nasce com uma nova injeção de capital de US$ 150 milhões.

Somadas, as duas companhias terão mais de 135 mil patinetes e bicicletas e 1.100 funcionários em sete países.

Ariel Lambrecht, cofundador da Yellow e agora diretor de produtos da Grow, diz que as duas empresas possuíam desafios e objetivos semelhantes, de ser a plataforma principal para mobilidade na América Latina.

“Não fazia sentido brigar entre a gente, se uma hora virão os concorrentes reais, a Lime [startup americana do segmento], a Uber”, diz.

Um sinal do interesse da Uber pelo mercado brasileiro apareceu no final do ano passado. Em novembro, Gui Telles, que liderava a companhia no Brasil, assumiu o cargo de diretor global de operações da Jump, startup de bicicletas e patinetes elétricas da Uber, adquirida no ano passado.

Segundo Lambrecht, a Grow olha para novos modelos de transporte compartilhado para serem introduzidos nas cidades em que opera.

Na próxima semana, a companhia começa a testar bicicletas elétricas em São Paulo. Também estão na mira da empresa skooters e carros elétricos, diz.

Segundo ele, oferecer diferentes tipos de transporte permite que o usuário integre vários deles em uma mesma viagem, dependendo de sua necessidade.

“As pessoas podem usar uma patinete,para ir até uma bicicleta, ir com ela até  o metrô e, depois, pegar um ônibus”, exemplifica.

Além da mobilidade, Lambrecht diz que a Grow deve buscar se tornar o que o mercado conhece como superapp, plataformas que integram ferramentas variadas.

Nessa direção, a companhia possui, além dos equipamentos de transporte, um sistema de pagamentos, criado para  permitir o uso de bicicletas e patinetes mesmo por quem não tem cartão de crédito. Isso é feito a partir de uma conta digital, na qual o depósito pode ser feito em dinheiro em loja credenciada.

Para o futuro, está nos planos da Grow entrar no mercado de entrega de alimentos e oferecer ao usuário informações sobre o transporte público.

Fonte: Folha de São Paulo

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